O Vereador Nuno Pinto participou, na terça-feira, dia 6 de maio, na cerimónia de assinatura do auto de consignação da obra da variante à EN211, entre Quintã e Mesquinhata. Na sua intervenção, o autarca destacou o impacto positivo desta infraestrutura para a mobilidade e desenvolvimento da região, sublinhando que a sua concretização “é o resultado de uma das muitas lutas que há tantos anos os autarcas da região do Tâmega e Sousa têm travado”.

Apesar do avanço que esta obra representa, Nuno Pinto deixou um alerta quanto aos atrasos crónicos nos investimentos públicos estruturantes para o território do Tâmega e Sousa. “Durante demasiado tempo, a falta e o atraso na concretização de investimentos prometidos colocaram a nossa região, com mais de 410 mil portugueses, em desvantagem competitiva”, lamentou, defendendo uma “diferenciação positiva” para inverter essa tendência.

O Vereador aproveitou a ocasião para reivindicar a construção da nova travessia sobre o rio Tâmega, no Marco de Canaveses, como solução de médio e longo prazo para os congestionamentos rodoviários com que os habitantes e agentes económicos da região se confrontam diariamente. “Toda a mobilidade regional depende de uma única travessia, sobrecarregada e incapaz de responder às necessidades atuais. É urgente planear uma nova ponte com visão estratégica e abrangente”, defendeu.

Como solução de curto prazo, para mitigar o problema da mobilidade, Nuno Pinto também destacou a construção do viaduto sobre a EN211, junto à ponte de Canaveses, como “uma intervenção urgente”. Esta solução foi objeto de um acordo escrito entre a Câmara e a Infraestruturas de Portugal em 2021, que estabelecia que o Município executasse e financiasse 50% do projeto de execução. Logo que terminado o projeto e aprovado pelas Infraestruturas de Portugal, a Câmara Municipal foi confrontada com dois novos procedimentos, resultantes de  alterações legais, nomeadamente a necessidade de uma auditoria de segurança e a revisão do projeto. A autarquia assumiu prontamente realizar a auditoria de segurança e a IP a revisão do projeto. Depois de terminado todo o processo, e de o projeto ter sido aprovado pela IP com as alterações resultantes dos dois novos procedimentos, houve uma reunião em setembro de 2024 com o Ministro das Infraestruturas onde, conforme estabelecido no protocolo assinado em 2021, ficou o Governo de lançar o concurso público da obra. O que se aguarda. O Vereador sublinhou que “a Câmara Municipal já fez a sua parte do acordo. Esta é uma intervenção fundamental para melhorar a fluidez do tráfego e a segurança rodoviária”, afirmou Nuno Pinto.

A consignação da variante à EN211, entre Quintã e Mesquinhata foi assinada pelo Secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, e pelo do Presidente do Conselho de Administração da Infraestruturas de Portugal, Miguel Cruz. Na cerimónia esteve ainda presente o Presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira. 

Com um investimento de 14,7 milhões de euros, financiado pela União Europeia através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a obra terá um prazo de execução de 420 dias.