O Governo garantiu a execução de obras estruturantes para o concelho e para a região, como a construção do IC35 e da variante à EN-211 que ligará Quintã a Mesquinhata, até 2026, ao incluir estas intervenções na versão final do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Apesar do corte de 25% para infraestruturas em relação à primeira versão do documento, o Governo manteve todas as obras estruturantes da região do Tâmega e Sousa na versão final do PRR, o que agradou aos autarcas da Comunidade Intermunicipal, que, esta terça-feira em conferência de imprensa, se congratularam publicamente com a situação.

Cristina Vieira, que esteve com os restantes autarcas na declaração conjunta, revela satisfação pela inclusão das infraestruturas no plano do Governo. “Trata-se da demonstração da vontade política deste Governo em cumprir com os compromissos assumidos com a nossa região e é também uma prova de confiança que nos dá, a nós autarcas, representantes das nossas populações, que há muitos anos lutamos por estas infraestruturas”, sublinha a Presidente da Câmara do Marco de Canaveses, que lembra ainda que “estas obras prometidas por sucessivos governos são fundamentais para os empresários da extração e transformação do granito de Alpendorada, Várzea e Torrão”. Cristina Vieira considera também que a atitude do Governo “contribuiu para credibilizar a ação das autarquias junto das populações”.

A inclusão destes investimentos no PRR garante o financiamento das obras a 100% e implica a conclusão das mesmas até 2026. O Governo pretende lançar os procedimentos concursais ainda este ano.

Além do IC35 e da ligação Quintã – Mesquinhata, o Tâmega e Sousa vai beneficiar com a inclusão no PRR das seguintes infraestruturas:

  • Ligação de Baião à Ponte da Ermida;
  • Via do Tâmega – variante à EN210 (Celorico de Basto);
  • Ligação da Zona Industrial de Cabeça de Porca (Felgueiras) à A11;
  • Melhoria das acessibilidades à área de localização empresarial de Lavagueiras (Castelo de Paiva).

Gonçalo Rocha, Presidente do Conselho Intermunicipal da CIM Tâmega e Sousa destacou aos jornalistas a importância da concretização destes projetos: “A concretização destes projetos, apresentados na versão final do PRR, irá assegurar a melhoria das acessibilidades na região do Tâmega e Sousa, permitir a redução do tempo de percurso nas áreas urbanas, desenvolver as condições de mobilidade, potenciando desta forma o crescimento económico e a criação de emprego na região. São investimentos ansiados há décadas”, afirma o autarca.

O PRR insere-se no âmbito do Mecanismo de Recuperação e Resiliência da União Europeia para fazer face aos efeitos da pandemia, que garante ao País um envelope financeiro de cerca de 16 mil milhões de euros.