CUPRESSUS SEMPERVIRENS

Nome Comum – cipreste-dos-cemitérios, cipreste, cipreste-comum, cipreste-de-Itália, falso-cedro.

Origem – Europa e Ásia (montanhas semiáridas do Médio Oriente, Turquia, Cáucaso e Ilhas Gregas), tendo sido há muito difundida pela Bacia do Mediterrâneo, principalmente em Itália.

Descrição
– O cipreste-dos-cemitérios é uma árvore que se mantém verde todo o ano, pode atingir 35 m de altura. O seu tronco é geralmente reto e colunar, com casca cinzenta escura, fibrosa e estriada longitudinalmente. A copa é piramidal. As suas folhas são verde-escuras, reduzidas a pequenas escamas (escamiformes) de 0,5 a 1 mm, com uma pequena glândula resinífera no dorso, agudas, imbricadas, opostas, rígidas e aplicadas no ápice. Os cones masculinos são ovóides, de 4 a 8 mm, sendo produzidos em grande número, cada um na terminação de um raminho. Os cones femininos encontram-se na mesma planta, e são elipsóides ou subglobosos, no início de cor verde, passando logo a cinzento-amarelado e lustrosos, tornando-se lenhosos. As gálbulas são globosas, com 25 a 40 mm e com 8-14 escamas acinzentadas. Cada escama produz à volta de 6 a 20 sementes com asa estreita. Floresce na primavera ou finais do Inverno, e as pinhas amadurecem no Outono do ano seguinte, permanecendo muito tempo na árvore sem abrirem.

Floração
– Fevereiro a abril.

Cor da Flor
– laranja

Tipo de Folha
– Simples (Folha em que o limbo constitui uma superfície contínua.)

Habitat
– Montanhas semiáridas do Mediterrâneo oriental e Médio Oriente, com grandes amplitudes térmicas e baixa disponibilidade hídrica, explicando a grande adaptabilidade desta espécie: floresta temperada de coníferas, bosques e matos em encostas rochosos e ravinas.

Observações
– Esta espécie é conhecida vulgarmente em Portugal, por cipreste-dos-cemitérios, sendo uma árvore normalmente utilizada na arborização destes locais, por possuir uma raiz vertical (aprumada), não interferindo com as campas, e pelo seu fuste indicar o caminho para o céu. Por esse facto, até há poucos anos, raramente era utilizada noutros tipos de arborização, por ser considerada uma árvore fúnebre, que trazia infelicidade. No entanto, antes do aparecimento dos cemitérios, a partir dos meados do século XIX, já esta espécie era plantada em muitas casas solarengas, principalmente no Vale do Rio Douro, na zona demarcada do Vinho do Porto, sendo considerada símbolo de nobreza.
Atualmente, no nosso país, se bem que ainda seja a espécie mais utilizada na arborização dos cemitérios, é utilizada vulgarmente em jardins, parques e arruamentos, para formar sebes, que servem de proteção aos ventos, em repovoamentos florestais ou como árvore ornamental. Conhecem-se duas cultivares distintas, ‘Sempervirens’, de ramificação fastigiada e copa fusiforme, estreita e densa, a mais vulgarmente cultivada nos cemitérios; e Horizontalis, com ramos patente-ascendentes formando uma copa piramidal.

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